terça-feira, 30 de outubro de 2012

POR QUE ADOLFO KONDER PERDEU A ELEIÇÃO?

Adolfo Konder vota ao lado de seu filho Gabriel - Foto: Paulo Maurício Costa/G1

A julgar pelas forças que tinha ao seu lado - máquinas municipal, estadual e federal, e o jornal O São Gonçalo dando-lhe grande destaque diariamente na primeira página -, o candidato Adolfo Konder (PDT) praticamente estava com a vitória garantida, porém, a rejeição do Governo Panisset, a arrogância e a péssima comunicação de sua campanha foram determinantes para a sua surpreendente derrota nas urnas.

Falar o porquê da enorme rejeição do Governo Panisset seria redundante agora, não é mesmo? Penso que todos sabem muito bem porque a administração da prefeita Aparecida Panisset atraiu a antipatia da maioria da população, nos últimos oito anos.

Vamos, então, para a análise sobre a arrogância e a péssima comunicação do candidato Adolfo Konder com os eleitores gonçalenses.

A arrogância foi achar que a eleição estava no papo. Meses antes do início da campanha, nas redes sociais, os emissários do candidato já cantavam uma vitória acachapante de Konder no primeiro turno. 

Eles estavam confiantes no poder de influência das máquinas municipal e federal (ainda não tinham a estadual), e também de um eficiente marketing eleitoral.

Tanto é que quando a campanha oficial começou, a equipe de marketing do candidato não teve escrúpulos com os exagerados discursos triunfalistas e as esdrúxulas mentiras inventadas (a fábrica Coqueiro foi uma delas). Apostaram na suposta ignorância do eleitorado gonçalense.

A propaganda eleitoral do candidato na TV mostrou uma São Gonçalo virtual e fictícia.

A propaganda no segundo turno, então, com uma apresentadora com forte sotaque paulista, parecia que estávamos assistindo um programa eleitoral de um município qualquer do estado de São Paulo.

E, em alguns momentos, a expressão do candidato parecia extremamente forçada. Sua emoção não convencia.

A comunicação de Adolfo Konder com os gonçalenses foi bastante fria. O fato de ele não ser da cidade não foi o principal problema. O que pesou foi a falta de sinceridade com a população. Faltou uma relação de intimidade com os gonçalenses. Em outras palavras: faltou química.

Se o seu marqueteiro tivesse adotado a estratégia da sinceridade, talvez, quem sabe, a vitória não teria sido dele?

Mas apesar da derrota, Konder saiu com um saldo positivo. Ele conquistou um capital de 202 mil votos. Quantidade boa para eleger-se deputado estadual ou federal, em 2014. 

Vale destacar que ele é jovem e tem muitas estradas pela frente para pavimentar futuras vitórias.


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