Estamos chegando a reta final.
Domingo será o grande dia da decisão para escolhermos os nomes (vereadores e
prefeito) que ficarão responsáveis para nos representar no poder político
municipal, nos próximos quatro anos.
Gostaríamos que alguns
gonçalenses deixassem a indiferença política de lado e passassem a se preocupar
mais com o futuro da nossa querida e amada cidade.
Por favor, pesquisem e analisem
todos os candidatos nestes dias que antecedem o dia das eleições.
Digam não a idiotice política!
Leiam, abaixo, o excelente texto
de Elton Simões, publicado no Blog do Noblat, sobre a origem da palavra idiota
e o seu conceito político:
Idiota, por Elton Simões
Nomes são os fios condutores que ligam o abstrato ao concreto. Nomes têm o
poder de atestar e reconhecer a materialidade, existência, tangibilidade a
ideias, conceitos, pessoas, organizações, grupos e instituições.
Os antigos gregos, por exemplo, enquanto inventavam a democracia, sentiram
necessidade de criar um nome pelo qual poderia ser identificado um grupo de
pessoas que não se interessava em dela participar. Estas pessoas eram chamadas
“idiotas”.
A palavra “idiota” nasceu na antiga Grécia para nominar aquelas pessoas que
não estavam integradas na Polis grega. Idiotas eram aqueles que não se
interessavam ou não participavam dos assuntos públicos e só se ocupavam de si
próprios. Para os gregos, os idiotas eram os grandes inimigos da democracia.
”Idiota” vem da raiz "Idio", que significa próprio. Idiotas
seriam, por exemplo, aquelas que somente se interessavam por assuntos privados.
Eram aquelas que viviam em estado de ignorância optando por não perseguir a
educação, considerada o único caminho para a cidadania. Os idiotas seriam os
grandes obstáculos à cidadania.
Na definição grega, os idiotas não buscavam a informação como forma de
absorver valores e comportamentos adequados a pratica democrática. Uma vez que
não participar da vida publica e da democracia era considerado desonra, o
idiota era visto como alguém que possuía julgamento pobre e não confiável em
relação a assuntos públicos e/ou privados.
Do lado positivo, na Grécia antiga, a condição de idiota é reversível. A
cura pode ser alcançada pela combinação de interesse e envolvimento em assuntos
de interesse público, com a busca da educação, da informação e do conhecimento.
Ser idiota, portanto, não é destino. É escolha.
Elton Simões mora
no Canadá há 2 anos. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV);
MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria).
Email: esimoes@uvic.ca.
Escreve às segundas-feiras no Blog do Noblat.
Muito bom artigo!!! Desconhecia o significado da palavra!!! Mas depois de ler esta explicação, fica mais nítido que não podemos ser idiotas no dia 07 de outubro. Temos que ser pessoas preocupadas com a vida da cidade. Pessoas inteligentes se preocupam com o bem-estar coletivo, com a dignidade humana e com a justiça social. Vamos eleger o PSOL!!! Vamos votar no 50!!!
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